Por Lívia Borges
Sabemos que sorrir desperta facilmente a empatia, destrói barreiras, abre portas. Mas será que sabemos sorrir para nós mesmos? Sorrir para a vida quando amanhece o dia? Rir de bobeira com alguém que você convive? O sorriso pode ser solidário quando alguém se engana, pode ser maldoso também. Esse contamina, envenena, distancia. Desperta o pior em nós e no outro.
Quando podemos rir de nós mesmos, de nossas falhas e das dos outros, a vida se torna mais leve. O humor mantem a proximidade entre as pessoas, quando um julgamento implacável e cotidiano poderia por fim a uma relação. Claro, estamos falando de humor espontâneo, saudável e não-sarcástico e sobre fatos que não violam a ética.
O riso relaxa todo o corpo, muda a química, produz sensação de bem-estar e libera o complexo corpo/mente de muitas toxinas emocionais.
Simular um sorriso no espelho logo pela manhã é uma excelente acolhida para si mesmo/a. Movimente o maxilar para cima. Seu corpo entenderá que você está feliz e produzirá uma química compatível, para você desfrutar desse estado. Quando sair, sorria para qualquer pessoa que você se relacione. Cumprimente os desconhecidos com um sincero bom dia, boa tarde, boa noite! Tente deixar seu sorriso transparecer nos olhos, já que a máscara ocultará seus lábios.
Um filme ou programa de humor também é bem-vindo. Comédias da vida privada é bom assistir entre casais. Há um reconhecimento súbito daquelas coisinhas do dia a dia que nos incomodam no outro, mas que de fato não são essenciais. E podemos perceber que o outro também percebe algumas coisinhas inconfessáveis de nossa natureza. Então ficarão quites rindo um do outro e pode ser que estejam mais leves para o amor.
Muitas vezes precisamos de um dia no calendário para nos lembrar que é importante sorrir. Pode parecer óbvio, mas é exatamente porque não fazemos o óbvio que precisamos de uma data como o Dia Internacional do Riso, 18 janeiro, para nos fazer recordar 365 ou 366 vezes.
Sorria! E não se surpreenda se a sua alegria aumentar. Muitas vezes esperamos ter alegria para sorrir, condicionados às circunstâncias externas agradáveis ou desagradáveis, quando deveríamos sorrir para nos conectar com a alegria subjacente a nossa natureza.
Duvida? Duvide mesmo! Mas experimente para provar!
Depois me conte o resultado.
—
Lívia Borges - psicóloga, escritora, sorriso fácil, embora nem sempre tão humorada assim!
Commenti